quarta-feira, 14 de outubro de 2009

Em defesa da Marília e dos seus três filhos


Há uma família em Foros de Salvaterra que está a ser vítima de uma injustiça do tamanho do mundo. Uma mulher e os seus três filhos estão a ser vítimas do sistema terceiro-mundista que toma conta das nossas instituições públicas onde funciona a lógica partidária na escolha dos gestores e, pior do que isso, funciona o nepotismo e a ditadura dos velhacos.
O caso é do conhecimento dos leitores de O MIRANTE e nesta edição é possível encontrar os desenvolvimentos mais recentes à volta deste caso.
Nada que se relacione com a política me tira o sono. Tudo o que gira à volta das desfeitas dos políticos, da sua má gestão ou das atitudes maquiavélicas que caracterizam muitas das suas atitudes, me rouba o sono ou merece mais do que um simples lamento. A revolta não é uma palavra do meu dicionário se tiver que me indignar com os caciques de Alpiarça, com os políticos socialistas da idade da pedra que militam em Santarém ou com os dirigentes partidários que se enganam a constituir listas para as autarquias locais, como aconteceu em Salvaterra de Magos. Mas, quando se trata da ofensa aos direitos mais elementares de um cidadão; quando alguém que detém um Poder põe em causa os direitos humanos a coisa pia mais fina e não há político que me cale por mais respeitável que seja o seu nome de família ou o tamanho das suas influências.
O que estão a fazer à Marília e aos seus filhos é uma violação dos direitos humanos. Basta ler o último relatório da técnica da Segurança Social para se perceber a dimensão da perseguição.
A Marília é pobre e com todo este drama que lhe criaram em casa nem o casamento conseguiu segurar. Mas eu sou testemunha desde a primeira hora das lágrimas que ela chorou e ainda chora. Vi a casa e senti ainda quentes os lençóis da cama de onde arrancaram as três crianças às horas a que se procuram bandidos nos seus esconderijos. Acompanhei de perto o esforço de solidariedade à volta da Marília e dos seus filhos e o que foi preciso trabalhar para lhe darem uma casa nova e mobilada.
Esta semana dedico este espaço ao caso da Marília e dos seus três filhos: a Tatiana o Filipe e a Soraia. Até este assunto ficar resolvido, até as crianças voltarem para o colo da mãe, não deixarei cair este assunto em saco roto. Todas as semanas, com mais ou menos palavras, com mais ou menos informação relevante, espero ter capacidade para renovar aqui o sentimento de solidariedade que esta gente precisa para voltar a ser uma família feliz. 

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