quarta-feira, 11 de abril de 2007

A minha homenagem a Samouco da Fonseca


Se houver nome de rua, como tudo indica, atrevo-me a deixar aqui uma sugestão à autarquia: que lhe dêem uma rua larga e comprida para se ajustar verdadeiramente ao ilustre nome de baptismo.Não fomos convidados para a festa de homenagem ao ilustre chamusquense João Samouco da Fonseca. Mas fomos contactados por algumas pessoas ilustres que nos perguntaram o que deveriam fazer ao convite que lhes chegou. Ironias do destino, alguns convidados conhecem o homenageado superficialmente, ao contrário de nós que o conhecemos de jingeira ( o termo, como todos sabem, é bem ribatejano e não tem nada de depreciativo). Perguntas que nos foram feitas e que não ficaram sem resposta. O Senhor Fonseca é uma pessoa humilde que se mistura com as pessoas da terra e convive com elas normalmente? Vai ao café ou à colectividade como todas as pessoas normais e fica a dar dois dedos de conversa com o comum dos cidadãos? É um homem de verdadeiros afectos? Quando sai à rua levanta a cabeça e cumprimenta quem passa com educação e de igual para igual? Não é rancoroso e sabe perdoar aos outros como ele próprio gosta de ser perdoado quando é fraco e humano? Mesmos os seus maiores amigos têm por ele uma admiração profunda? É uma pessoa que sabe estar no mundo social? Ele não é, pois não, daquele género de homens feios que, ao falarem, ficam formosos? Nesta homenagem vão estar ao seu lado o Victor Hugo e o Francisco Brás, talvez os dois homens ( vivos) que mais o amaram como encenador e escritor de teatro de revista?
Já lá vai o tempo em que tínhamos tempo para nos dedicarmos à escrita e realizarmos entrevistas como aquela que é recordada nas páginas online deste jornal, que pode ver emwww.omirante.pt, e que foi publicada em 15 de Julho de 1991(http://www.terrabranca.com/entrevista.pdf). Em boa hora a realizamos. As quatro páginas de entrevista e as doze fotografias que a acompanham são a melhor homenagem que ainda hoje lhe podemos prestar.

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