quarta-feira, 2 de janeiro de 2008

Um ano para redescobrirmos a internet

Para o ano, por esta altura, O MIRANTE vai ser uma plataforma de comunicação na internet com dez vezes mais qualidade e conteúdos. Se não for vai ser um ano mau.
Cada vez que descobrimos uma nova história, gravamos uma entrevista, escrevemos uma notícia, sentimos a necessidade de partilhar essa informação de novas formas procurando chegar a novos públicos.
O MIRANTE é o maior semanário regional português. Mas o nosso sucesso não basta para satisfazermos as necessidades do mercado. Apesar de sermos os únicos da região que verdadeiramente interagimos com os leitores, sentimos, a cada dia que passa, que isso não é suficiente e que não estamos a aproveitar da melhor maneira os meios que temos ao nosso alcance.
Não será fácil aumentar em número de páginas a nossa edição em papel. Não queremos nem podemos ser um jornal dentro de um saco de plástico com um grande número de suplementos. Podemos, para já, crescer mais oito páginas e pouco mais. Mas falta-nos fazer tudo ao nível da televisão e do vídeo. E, na Internet, o que fazemos é muito pouco para as potencialidades do meio. Somos uma região cheia de História e rica de personagens. Precisamos de aprender mais e melhor a contar o que nos faz ser diferentes no mundo, o que nos caracteriza, o que nos empobrece, o que nos revolta, o que é ser português e ribatejano.
Queremos ter, em termos profissionais, um ano de 2008 como tivemos o ano que agora acaba. A região tem pessoas de valor. O país real não começa nas televisões e nos jornais ditos de referência e não acaba nas programações idiotas das rádios locais. Há outro mundo a nascer no meio da imprensa escrita e no território do audiovisual português. O MIRANTE vai ter que acompanhar a evolução. É tudo uma questão de arte e engenho. Dez por cento de inspiração e noventa por cento de transpiração. Vamos suar no próximo ano para continuarmos a merecer o respeito dos nossos leitores e para conquistarmos o título de operários do multimédia.
NOTA: 2007 foi um ano de nojo para o país. O escândalo dos banqueiros, que ainda está aí para durar, e as mortes por assassinato ligadas aos negócios da noite, espelham o país que vamos ser no futuro: Por cada BCP teremos menos saúde pública, menos regalias sociais. Por cada CGD provaremos mais o amargo do aumento das contribuições e o policiamento dos nossos sonhos.

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