quarta-feira, 4 de novembro de 2009

Uma vigília permanente


O MIRANTE tem duas equipas na rua a trabalharem na promoção das assinaturas. Somos desde a primeira hora um jornal vocacionado para a venda por assinatura e temos ganho a aposta desde que definimos a nossa linha de rumo. Na passada semana começamos a trabalhar no Jumbo de Alverca depois de termos sido “chutados” mais uma vez do Festival de Gastronomia de Santarém. Cada vez que nos fecham uma porta nas aldeias onde já demos provas da qualidade do nosso trabalho abrem-se duas portas nas cidades por onde andamos a desbravar caminho.
Um dia destes a D. Maria tinha tanta vontade de assinar O MIRANTE e o nosso colega foi tão insistente na abordagem, mas deixou sem dinheiro para as compras a cliente do Jumbo. Foi uma paródia vê-la a ligar para o telemóvel do marido a pedir socorro pois tinha ficado sem os 20 euros que levava para as compras por ter gasto a maior parte na assinatura do jornal. E depois do marido chegar ainda fez o que é mais surpreendente; telefonou a um vizinho, que ela sabia que também gostava de receber O MIRANTE em casa, e, já com a carteira recheada, pagou uma nova assinatura depois de ouvir a promessa de que recebia o dinheiro de volta logo que chegasse das compras.
Não sei a quem é que interessam estas histórias mas acho que é minha obrigação passar a mensagem de que este jornal, com as suas três edições diferenciadas, chega a uma comunidade de leitores que vai muito para além do que, no princípio, era o nosso projecto e até as nossas ambições.
No passado sábado, na reunião dos agentes locais do concelho de Vila Franca de Xira, fomos o centro do debate devido ao trabalho editorial que desenvolvemos todas as semanas no concelho.
Cada vez que nos fecham uma porta, como aconteceu agora no Festival de Gastronomia de Santarém, aí estamos nós a abrir outras portas onde a comunidade gosta e sente necessidade de ler um jornal livre e escrito por homens que dedicam a sua vida ao jornalismo.


A vigília organizada em Salvaterra de Magos pelas pessoas que estiveram sempre ao lado da família da Tatiana, do Filipe e da Soraia foi um êxito em termos de participação. Das nove à meia-noite passaram pelo local da vigília mais de três centenas de pessoas. Em que país é que vive a dona Clara Carregado, funcionária da Segurança Social e presidente da CPCJ, uma organização com poderes para manter três crianças institucionalizadas depois da população lhe ter oferecido uma casa nova e mobilada? Quantos secretários de Estado, como a empresária Idália Moniz, não dariam o couro e o cabelo para um dia poderem ser solidários ao nível do que foi a população anónima da região com a Marília e os seus filhos?
Perguntas que não têm resposta porque vivemos num país de políticos do terceiro mundo e de instituições ainda cheias do vício de outros tempos.

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