quarta-feira, 18 de agosto de 2010

Todos os nomes

Vítor Barros foi afastado da administração da Companhia das Lezírias. Terá sido desde o 25 de Abril o pior gestor que passou pela Companhia. Os agricultores não gostavam dele. Apesar daquele ar bonacheirão foi sempre muito arrogante na relação com os verdadeiros agentes de desenvolvimento que sustentam a Companhia e lhe dão nome. Vítor Barros foi afastado da administração por uma falha de gestão denunciada, segundo se diz, por uma pessoa que o próprio terá convidado para trabalhar na empresa pública. Mais do que um comissário político fraquinho do Partido Socialista, Vítor Barros foi um inábil na gestão, na relação com os agricultores e, para sua grande desgraça, na relação com a sua própria gente. Esperam-se melhores dias na Companhia.

Os políticos adoram jogadores de futebol que marcam golos, actores que enchem plateias, artistas que ficam famosos e, agora, cada vez mais, empresários de sucesso. Não admira por isso que ministros, secretários de Estado e políticos das mais variadas áreas do poder adorem juntar-se a estes agentes de sucesso quando a vida lhes corre bem.
Foi o que aconteceu mais uma vez em Amiais de Cima, Santarém, no passado dia 13, aquando da visita do ministro da Economia, Vieira da Silva, a pretexto da assinatura do protocolo entre o IAPMEI e a empresa  J.J. Louro Pereira. É público que o empresário de Amiais de Cima tem uma actividade empresarial de grande sucesso; que, graças a uma gestão familiar das suas empresas, tem um êxito que não é comum encontrar por esse mundo fora. Quem conhece a forma como a empresa é gerida não achará nada de especial. O Senhor Louro trabalha todas as horas do dia e faz questão de ser o bom e o mau da fita, chova ou faça sol na empresa. A sua mulher, Isabel Brissos, é a pessoa que o acompanha a todas as horas sempre ao seu lado mas também onde ele não pode estar ou não sabe estar tão bem como ela.
E são eles dois que da mesma forma que agarram numa vassoura para varrer o chão de uma sala sabem procurar e encontrar um cliente, em Portugal ou no estrangeiro, que lhes garanta a compra da produção para meia dúzia de anos. E não estamos a falar da gestão de uma pequena e simples empresa. A família Louro gere várias empresas e dá emprego a cerca de 1300 pessoas.
Não gosto de ver os políticos a darem sinais de que o país não é só Lisboa e, assim que acabam de “assinalar”, aí vão eles nas suas comitivas de gente ociosa a caminho dos gabinetes de Lisboa onde se partilha o Poder.

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