quarta-feira, 24 de novembro de 2010

Uma miséria de gente

Anabela Rato, a directora da Segurança Social de Santarém é a imagem deste país onde metade das pessoas trabalha para o Estado e a outra metade procura governar-se do Estado. Quem a escolheu para aquele cargo sabia muito bem o que ela valia. Nada do que tem vindo a público é novidade para quem conhecia, e conhece, a senhora professora. Idália Moniz, a secretária de Estado mais invisível que já passou pelos governos do país, deve estar muito satisfeita com o trabalho da sua eleita e amiga Anabela Rato. Estão uma para a outra. O PS devia ter vergonha das pessoas que escolhe para dirigir a coisa pública e emendar a mão dando dignidade aos lugares e ás instituições. Aparentemente estamos condenados a esta miséria de gente, e nem a indignação pública os envergonha e os faz recuar na intenção de nos reduzirem à insignificância como país.
“Sempre me interessaram os perseguidos e as vítimas”. “O mundo muda todos os dias e muitos dos jornalistas que trabalham hoje nas redacções dos jornais pararam no tempo”. “Os factos são sagrados e os comentários são livres”. “A mentira tem a perna curta”. “A independência tem um custo; é preciso saber se estamos disponíveis para pagar esse preço”. “É facílimo ser escritor e muito difícil ser jornalista”. “Nenhum de nós é bom a fazer tudo”. “O Secreto Adeus”, do Baptista Bastos, é um dos melhores livros para dar a ler a gente distraída com a política por ser um relato em nome de uma geração que defendeu valores e se bateu por princípios sem nada pedir em troca”.
Orlando Raimundo esteve em Alverca a apresentar o quarto livro da colecção Saber mais sobre desta vez dedicado aos museus do concelho de Vila Franca de Xira. Não pude estar presente como gostaria. Recuperei, por isso, apontamentos da última vez que o ouvi apresentar uma das suas obras. Ficam aqui ( em cima ) as citações que ilustram o seu pensamento e a sua forma de estar na vida.
A edição de aniversário de O MIRANTE mostrou mais uma vez a força editorial da redacção deste jornal e a colaboração das pessoas e entidades que vivem e trabalham na região onde escolhemos mostrar serviço. Dá gosto trabalhar assim. O mérito também é da equipa comercial e de marketing que permite este serviço público que muito nos honra.
A página de O MIRANTE dos leitores é uma aposta ganha há muitos anos. Mas nunca fiando nos desafios dados como conquistados. Fica aqui o desafio a todos os leitores que gostam de escrever sobre os assuntos da sua terra ou da sua região. Usem e abusem da caneta ou do endereço electrónico do director do jornal; e ponham o dedo na ferida que nós ajudamos a dar-lhe visibilidade.

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