quinta-feira, 21 de abril de 2011

Eu já sei em quem não voto

Dou a mão à palmatória. Os assuntos políticos não me interessam como tema principal para este espaço de crónica mas um homem não é de ferro. Esta gente da vida política à portuguesa anda a dar razão, ainda a tempo, àqueles velhos nostálgicos dos tempos de Salazar que não se cansam de chorar por ele e pelos valores que ele representava.
Sou anti-salazarista até à raiz dos cabelos mas não sou parvo para perceber que os políticos que governam Portugal, no poder e na oposição, não são gente de palavra e muito menos de confiança. O que se está a passar com os socialistas, e só agora começou, é uma vergonha; um circo que nos deverá mobilizar para que não deixemos que o passado se interponha naquilo que foram as esperanças conquistadas com o 25 de Abril de 1974.
Para não passarmos pela vergonha de voltarmos a ter um primeiro-ministro que acabou de fazer figura de parvo, e quer que façamos todos figura de urso, deixo aqui o meu sentido de voto para o dia das próximas eleições; vale tudo, desde o Bloco ao CDS, menos votar em quem goza com a nossa cara.
Um dia, como cidadão sem filiação partidária, espero ajudar a criar forças de intervenção política que sirvam as regiões portuguesas menos favorecidas e que não tenham sede nos castelos e palacetes de Lisboa.
O país merecia ter como membros de um Governo os nossos melhores autarcas. Quem ficar atento à constituição das próximas listas a deputados vai reparar como a grande maioria dos candidatos são gente sem valor, sem trabalho que se veja, gente que nunca fez nada pela sua terra nem tem onde cair morta; gente que não sabe alinhavar uma ideia, escrever um texto em bom português. E haverá certamente os mesmos de sempre a encabeçarem as listas. Se os partidos do Poder não se renovam nas direcções nacionais muito menos se vão renovar nas distritais e concelhias.
O Ribatejo tem centenas de autarcas, com provas dadas no governo dos seus concelhos, disponíveis para governarem o país. São gente séria que não enriqueceu com a política e sabe o que é um compromisso de honra com o seu povo.
Como não sei falar sem dar o exemplo aqui deixo alguns nomes ao acaso: António Mendes de Constância; Dionísio Mendes de Coruche; Joaquim Sousa Gomes e Joaquim Sampaio de Almeirim, Maria da Luz Rosinha e José Fidalgo de Vila Franca de Xira; José Ganhão de Benavente; Emídio Cegonho da Chamusca; Vítor Guia da Azinhaga; Corvêlo de Sousa de Tomar.
Sabendo que toda esta gente que acabo de nomear é filiada em partidos muito diferentes deixo aqui um apelo; façam mais alguma coisa pelos partidos políticos que representam. O país agradece.

Sem comentários:

Enviar um comentário