terça-feira, 21 de junho de 2011

Mula velha, advogados e mentalidades do século XVII

Vou ali a Berlim e já venho. Desculpem agora não posso falar estou no meio da civilização e aqui a rede é muito fraca e não ouço rien. Bom dia senhor presidente lamento mas não posso ajudá-lo o melhor é ligar para o seu gabinete de comunicação.
Adorava ter estatuto para chamar mula velha a um determinado político da nossa praça que acha que é cavalo lusitano mas não posso porque ainda não tenho vida para dizer vou ali a Berlim e já venho. Ai se eu conseguisse um dia chegar a vereador da Cultura de uma câmara municipal! De certo que outro galo cantaria e não andava nesta vida de escravo pior que cantoneiro de outros tempos que, agora, cantoneiro até é um trabalho mais ou menos e, que se saiba, não têm que aturar políticos nem trabalhar ao fim de semana ainda por cima a cheirar cus mal lavados.
Regra geral não me releio mas quando o faço acho que escrevo demasiado; podia dizer em meia dúzia de palavras aquilo que digo em três dúzias. Salazar tinha razão. Andar a chatear o António José Ganhão, o Paulo Caldas, o Moita Flores e o Sérgio Carrinho não facilita nada. Os jornais já nem servem para embrulhar sardinhas. Numa rádio local é que eu gostava de trabalhar: ali sim a gente nem sente que está a transpirar. E depois não é preciso muita gente para fazer bem o trabalho. Boa parte do trabalho já é bom de fazer e o resto é só abrir a boca e pôr música no ar.
Nos últimos tempos tenho aprendido muitas coisas novas com os advogados, os advogados da nossa praça para quem O MIRANTE já começa a ser uma fonte de rendimentos. Nesta altura damos trabalho a meio mundo tal é o número de processos que temos pela frente. Imaginem que ao cimo da terra portuguesa, este chão que nem precisa de adubo para dar de comer a tanto parasita, ainda há quem pense que existe uma justiça que nos pode obrigar a tratar alguém por Excelentíssimo Senhor Doutor antes de publicarmos o nome próprio num artigo de jornal. Realmente há coisas piores do que ser roubado ou agredido a murro porque sempre nos podemos defender e responder com as mesmas armas. Contra a ignorância não há remédio. E isto magoa mais do que nos chamarem filho da puta, ou cabrão, que ofensas leva-as o vento. Saber que vivemos num país miserável, onde ninguém paga o que deve e ainda se faz de parvo; onde vivem pessoas que têm a cabeça formatada para viverem no século XVII, faz um homem perder a cabeça e perguntar mas o que é que eu faço aqui se Berlim é já ali ao lado e as viagens de avião estão cada vez mais baratas?

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