terça-feira, 15 de novembro de 2011

O sexo na política


A vida dos homens públicos está cheia de sexo e erotismo. Dos políticos aos artistas, dos empresários aos dirigentes de topo, o sexo mistura-se com o dia a dia de trabalho como o fermento com a farinha de trigo nas mãos madrugadoras do padeiro.
Na maior parte dos casos (que sei eu meu Deus!!) os casos de assédio vão muito para além da fornicação e resultam ainda, na sua grande maioria, em escravidão sexual mais do que em casos amorosos.
Quando não está em causa a manutenção do emprego está a suposta importância pública da pessoa; o interesse material na relação; a comunhão da vida privada; o acesso a informação preciosa e, talvez na maioria dos casos, o conhecimento do que cheira bem por cima da pele mas também do que é abominável nas entranhas.
Desde que me lancei nesta profissão que, à boca pequena, ouço histórias de sexo sobre os homens e mulheres públicos que, com mais ou menos verdade, se mantêm ao longo dos anos.
Somos um povo que adora cornear um amigo com uma insinuação, fazer passar por puta a nossa melhor amiga só porque ela estreou uma saia curta e ficou aparentemente mais bonita; e não é preciso ir lavar as mãos ao Tejo para de um dia para o outro lançarmos sobre a mais cândida das pessoas a notícia de que foi vista algures com as cuecas na mão.
Há, no entanto, casos que fazem a diferença e onde as pessoas são mais ousadas. Conheço, de ouvir contar, inúmeros casos em que a troca de afectos deverá ser mais importante que a relação sexual. O Poder e o desgaste da visibilidade pública criam fraquezas em algumas pessoas que precisam de trocar confidências; chorar no ombro; sentir a adrenalina do engate; a comunhão dos afectos; a cumplicidade em tudo o que é mais importante; enfim, gente sábia e com um sentido prático da vida que gosta de praticar com arte a máxima de que a felicidade é o único meio decente de procurarmos sobreviver.
Descobri recentemente que uma das pessoas que mais admirei na vida pública é um predador sexual; é o que dizem as más línguas, e eu, pobre criatura, ainda não tenho informação suficiente para confirmar ou desmentir. Sensual como um rinoceronte; belo como um crocodilo; espadaúdo como um sapo, não faltam atributos a este meu velho amigo para deitar em cima da sua secretária, ou no sofá, as mulheres (ou os homens, que sei eu!!) mais bem casadas da Península Ibérica, assim como as mais belas solteiras do universo. Falta contar que quando nos conhecemos, e até sermos amigos do peito, foi a primeira pessoa que me deu a conhecer o cheiro a farinheira e a couve lombarda.

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