quarta-feira, 21 de maio de 2014

Tom Fleming em Tomar

A NERSANT levou a Tomar um conferencista daqueles que traz o mundo nos olhos e todas as manhãs pisa o chão novo das américas do mundo. Fui ouvi-lo para depois pedir contas aos autarcas que estivessem por lá. Sabia que ele ia falar de bibliotecas abertas ao público como se fossem mercados; que ia mostrar exemplos de como se podem cativar pessoas para os centros históricos; tinha a certeza que ia ouvir falar de inter-relações; criatividade cívica; “Não há milagres mas muitas oportunidades para milagres”, disse Tom Fleming, depois de dar paletes de exemplos de como se revigora e transforma culturalmente uma cidade.
Não vi autarcas com responsabilidades. Curiosamente a organização convidou o professor Manuel Reis Ferreira que para a sua intervenção elegeu Tomar e a marca Templária. Depois de informar que o Convento de Cristo recebe anualmente cerca de 180 mil turistas, que passado quarenta minutos estão a ser empurrados para os autocarros que os transportam de regresso a Lisboa, deixou o seguinte testemunho que diz bem da nossa pobreza franciscana no que respeita a politicas culturais e económicas.
 “O Convento de Cristo tem muitas portas para abrir, não só no sentido literal e material do termo, como no sentido estratégico e mesmo imaterial. Para este (dia) elegi abrir uma porta muito especial: a porta do Castelo Templário. Porque Templária é a marca da cidade e porque Templário é o início deste Convento de Cristo e desta bela cidade e porque, estranhamente, sem dizer mesmo, misteriosamente, este Castelo Templário tem sido um castelo esquecido, desconhecido de muitos cidadãos e do mundo. A importância do conjunto, Castelo e Charola Templária, representa uma época da história que nos leva a Jerusalém e à nossa nacionalidade. Porque é que um Castelo, que é um dos mais notáveis testemunhos da arquitectura militar e Templária (ibérica e europeia), de fundamental importância na definição das fronteiras de Portugal, como ainda hoje são das mais antigas do mundo, está fechado ao público?”. Não havia na sala quem pudesse responder. JAE

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